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Da terra saiu, do barro se fez: bichos e deuses, mafarricos e santos

Bastando menos que uma faca, por vezes apenas as mãos, foi da matéria mais simples que saíram os primeiros objectos de uso prático ou protector – contentor, adorno, amuleto.
Esses objectos atravessaram todas as civilizações e os sentidos neles escondidos são História da Humanidade bem guardada. Plasticamente, atingiram a perfeição em tempos tão antigos que, em muitos casos, nem escrita existe para os descrever.
Mas viajaram no tempo, misturando sagrado e profano, erudito e popular. A técnica não se perdeu, antes se aperfeiçoou, ao ponto da tecnologia precisar tanto da cerâmica como dantes o oleiro que dela vivia.
Como nada existe isolado, iremos convocar outros suportes e outras artes à baila e deixar que o fio das histórias faça de roda, e as imagens que as mãos criaram, ou os xamãs invocaram, cheguem a instalações contemporâneas, ricas de mistério, com a arte mais “povera”.
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Imagem:Miquel Barceló, Peix Blau », 1998, céramique, Gisant du Cardinal Jean de Lagrange, provenant du Tombeau Jean de Lagrange, église Saint Martial, Avignon, fin XIVe siècle, Musée du Petit Palais, Avignon (Dépôt du Musée Calvet)

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quartas-feiras 24 Abr a 19 Jun 2024, 4ªas feiras das 18h às 20h (online) Inscrições: secretaria geral Antigo Mercado de Xabregas, Rua Gualdim Pais, 1900-255, Lisboa T +351 21 880 10 10 secretaria@arco.pt Cerâmica